Ora, a contribuição dos movimentos sociais para a democratização certamente não será aquela que cabe a atores como sindicatos ou partidos políticos. Os movimentos sociais apresentam perfis organizativos próprios, uma inserção específica na tessitura social e articulações particulares com o arcabouço político-institucional. Ainda que não se pretenda reacender a chama antiinstitucionalista que orientou muitos dos trabalhos sobre movimentos sociais nos anos 80 (ver, por exemplo, Evers, 1984), parece necessário reconhecer que as contribuições democratizantes desses movimentos não podem ser enxergadas unicamente a partir das instâncias institucionais, esperando-se deles o aperfeiçoamento dos mecanismos de intermediação de interesses ou a renovação da vida partidária, minada em países como o Brasil pelas velhas práticas autoritárias e pelos novos casuísmos. Suas possibilidades residem precisamente em seu "enraizamento" em esferas sociais que são, do ponto de vista institucional, pré-políticas. E é no nível de tais órbitas e da articulação que os movimentos sociais estabelecem entre estas e as arenas institucionais que podem emergir os impulsos mais promissores para a construção da democracia.
Tal é a perspectiva que norteia o presente trabalho. Nele procurar-se-á discutir, com base em estudo de caso comparativo desenvolvido em três cidades de Minas Gerais, a construção, ao longo do processo de democratização do país, de esferas públicas locais, sublinhando-se o papel desempenhado pelos movimentos sociais e, de forma genérica, pelos atores da sociedade civil, em suas conexões com os demais atores locais.
O estudo de esferas públicas locais no caso brasileiro constitui tarefa tão promissora quanto ingrata. A inexistência de uma tradição de estudos nessa área dificulta as analogias, as inferências e a avaliação das possibilidades de generalização dos resultados obtidos nos estudos de caso, impondo, ainda, a necessidade de elaboração de um marco analítico-conceitual a partir de referências teóricas constituídas em outros contextos e cuja possibilidade de transposição à situação brasileira necessita ser avaliada em todas as suas fases.
Sociologia em Foco
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
As religiões respitam os direitos das mulheres?
Em nossa sociedade a mulher nunca teve opinião, nem espaço. Mas a cada dia a mulher vai criando mais direitos e vão mudando o quadro. Mas quando se trata da igreja ela não permite nenhuma abertura em relação as mulheres que terão que batalhar muito ainda para serem ouvidas nesse meio extremamente arcaico e machista.
As religiões respeitam a liberdade de expressão?
Às vezes sim, às vezes não. A religião se coloca de uma forma em relação a um determinado assunto não aceitando diferentes opiniões e ideias. Por exemplo, em relação ao aborto, as religiões são completamente contra, tendo em vista a morte de um novo ser. Desse jeito, elas condenam todos aqueles que são a favor, mesmo os que defendem a escolha da pessoa, a democracia e a liberdade de experssão.
Dessa forma, elas não respeitam a liberdade de expressão, quando esta contraria os seus princípios.
Dessa forma, elas não respeitam a liberdade de expressão, quando esta contraria os seus princípios.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Sociologia para Comte, Destutt de Tracy e Marx
Para Comte, a sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para organiza-la e reforma-la depois. Acreditava que os estudos das sociedades deveriam ser feitos com verdadeiro espírito científico e objetividade. O pensamento de Comte provocou polêmicas no mundo todo e reformulações de teorias até então incontestáveis. Sua influência foi imensa quer como filósofo social, quer como reformador social, principalmente sobre os republicanos brasileiros.
O francês Destutt de Tracy criou a palavra ideologia no final do século XVIII. Tipicamente iluminista e positivista, de Tracy pretendia criar uma nova ciência, neutra e universal, que desse conta das idéias e sensações humanas. A essa ciência, chamou ideologia. Seria a mãe de todas as ciências: todos os outros estudos humanos seriam ramificações dela.
O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.
O francês Destutt de Tracy criou a palavra ideologia no final do século XVIII. Tipicamente iluminista e positivista, de Tracy pretendia criar uma nova ciência, neutra e universal, que desse conta das idéias e sensações humanas. A essa ciência, chamou ideologia. Seria a mãe de todas as ciências: todos os outros estudos humanos seriam ramificações dela.
O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.
O que é Ideologia?
Ideologia é a ciência que trata da formação das ideias e da sua origem;
conjunto de ideias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma classe, e que são produto de uma situação histórica e das aspirações dos grupos que as apresentam como imperativos da razão; sistema organizado e fechado de ideias que serve de base a uma luta política.
Podemos exemplificar a ideologia com a afirmação de que o adultério é crime, que o homossexual é pervertido e que o futebol é coisa do homem.
conjunto de ideias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma classe, e que são produto de uma situação histórica e das aspirações dos grupos que as apresentam como imperativos da razão; sistema organizado e fechado de ideias que serve de base a uma luta política.
Podemos exemplificar a ideologia com a afirmação de que o adultério é crime, que o homossexual é pervertido e que o futebol é coisa do homem.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Estado de bem-estar social
.O que é?
O Estado de bem-estar social, é um tipo de organização política e econômica que coloca a Nação como protetor social e organizadouro da economia. Nessa ideia, o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com a nação em questão.
Onde surgiu?
Bem-estar social surgiu principalmente na Europa, onde seus princípios foram defendidos pela social-democracia, tendo sido implementado com maior intensidade na Suécia, Dinamarca e na Noruega. Essa forma de organização político-social, que se originou da Grande Depressão, se desenvolveu ainda mais com a ampliação do conceito de cidadania, com o fim dos governos totalitários da Europa Ocidental (nazismo, fascismo etc.) com a hegemonia dos governos sociais-democratas e, secundariamente, das correntes euro-comunistas, com base na concepção de que existem direitos sociais indissociáveis à existência de qualquer cidadão.
O Estado de bem-estar social, é um tipo de organização política e econômica que coloca a Nação como protetor social e organizadouro da economia. Nessa ideia, o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com a nação em questão.
Onde surgiu?
Bem-estar social surgiu principalmente na Europa, onde seus princípios foram defendidos pela social-democracia, tendo sido implementado com maior intensidade na Suécia, Dinamarca e na Noruega. Essa forma de organização político-social, que se originou da Grande Depressão, se desenvolveu ainda mais com a ampliação do conceito de cidadania, com o fim dos governos totalitários da Europa Ocidental (nazismo, fascismo etc.) com a hegemonia dos governos sociais-democratas e, secundariamente, das correntes euro-comunistas, com base na concepção de que existem direitos sociais indissociáveis à existência de qualquer cidadão.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Max Weber - A ação social.
Um dos conceitos chaves da obra e da teoria sociológica de Weber é a ação. A ação é um comportamento humano no qual os indivíduos se relacionam de maneira subjetiva e a ação social, característica por ser uma ação que possui um sentido visado e é determinado pelo comportamento alheio. A análise da teoria weberiana como ciência tem como ponto de partida a distinção entre quatro tipos de ação (que são sociais):
A ação racional com relação a um objetivo é determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos. É uma ação concreta que tem um fim especifico, por exemplo: o engenheiro que constrói uma ponte.
A ação racional com relação a um valor é aquela definida pela crença consciente no valor - interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma - absoluto de uma determinada conduta. O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no valor, por exemplo, um capitão que afunda com o seu navio.
A ação afetiva é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito, é definida por uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valor, por exemplo, a mãe quando bate em seu filho por se comportar mal.
A ação tradicional é aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa segunda natureza, para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática.
Tanto a ação afetiva quanto a tradicional produzem relação entre pessoas (relações pessoais), são coletivas, comunitárias, nos dão noção de comunhão e conceito de comunidade.
Observe-se que na concepção de Durkheim, a comunidade é anterior a sociedade, ou melhor, a comunidade se transforma em sociedade. Já para Weber comunidade e sociedade coexistem. A comunidade existe no interior da sociedade, como por exemplo, a família (comunidade) que existe dentro da sociedade.
Ação social é um comportamento humano, ou seja, uma atitude interior ou exterior voltada para ação ou abstenção. Esse comportamento só é ação social quando o ator atribui a sua conduta um significado ou sentido próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas.
"Há atos humanos que, considerados isoladamente, são impregnados pela nossa sensibilidade valorativa com as cores mais deslumbrantes, mas que, pelas conseqüências a que dão origem, acabam fundindo-se na cinzenta infinidade do historicamente indiferentente, ou que antes, como geralmente sucede, entrecruzando-se com outros eventos do destino histórico, acabam mudando tanto na dimensão como na natureza do seu sentido, até tornar-se irreconhecíveis." (Max Weber)
"Há duas maneiras de fazer política. Ou se vive para a política ou se vive da política. Nessa oposição não há nada de exclusivo. Muito ao contrário, em geral se fazem uma e outra coisa ao mesmo tempo, tanto idealmente quanto na prática." (Max Weber)
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